" O segredo, meu filho, é um só:
liberdade. Aqui não há coleiras.
A maior desgraça do mundo é a coleira.
E como há coleiras espalhadas no mundo."
(Emília, boneca de pano)
liberdade. Aqui não há coleiras.
A maior desgraça do mundo é a coleira.
E como há coleiras espalhadas no mundo."
(Emília, boneca de pano)
Há coisas em minha garagem
Que sempre me esperam adormecidas.
Coisas da minha vida
Que contam histórias de quem eu sou.
No velho baú de madeira
Guardo o passado por baixo
De uma camada de poeira;
Guardo um mundo particular.
E não é difícil encontrar,
Vez por outra nele debruçado,
Objetos, cores e sons familiares.
Outro dia voltei a ele
Que me recebeu com aquela saudação toda sua,
Aquele rangido, um velho conhecido,
Das dobradiças resistindo a minha visita.
E tão logo ele se abriu, meus olhos voltaram ao tempo
Em que eu não tinha barba nem aborrecimentos.
No amontoado de coisas empilhadas
Como camadas de solo que identificam as eras,
Eu fui reencontrando meu tempo desde menino.
Surgiram um peão, figurinhas da seleção,
O meu time de botão e um tabuleiro de gamão.
Depois foi a vez de reencontrar as velhas peças de xadrez,
Um brasão escocês e meu primeiro dicionário de inglês.
Um protetor (não usado) de sol, a baqueta e o tarol -
Basta um leve toque para ressuscitar 10 carnavais.
E dormindo lado a lado, três livros de Jorge Amado.
Uma lata com bolinhas de gude, um dominó, um vidro de cerol,
Uma luminária do aquário, um filtro, um galeão espanhol.
E ainda entre folhas de papel vegetal, bolas de Natal.
Dentro de uma sacola plástica reencontro Monteiro Lobato.
Caçadas de Pedrinho, Memórias da Emília, Reinações de Narizinho.
A minha garagem guarda um universo que é só meu
E o meu passado cheira a madeira e tem som de tambor.
E lá vou eu novamente...como se voltasse a ter 8 anos,
Brincando dentro de mim com o menino que ainda sou.
Que sempre me esperam adormecidas.
Coisas da minha vida
Que contam histórias de quem eu sou.
No velho baú de madeira
Guardo o passado por baixo
De uma camada de poeira;
Guardo um mundo particular.
E não é difícil encontrar,
Vez por outra nele debruçado,
Objetos, cores e sons familiares.
Outro dia voltei a ele
Que me recebeu com aquela saudação toda sua,
Aquele rangido, um velho conhecido,
Das dobradiças resistindo a minha visita.
E tão logo ele se abriu, meus olhos voltaram ao tempo
Em que eu não tinha barba nem aborrecimentos.
No amontoado de coisas empilhadas
Como camadas de solo que identificam as eras,
Eu fui reencontrando meu tempo desde menino.
Surgiram um peão, figurinhas da seleção,
O meu time de botão e um tabuleiro de gamão.
Depois foi a vez de reencontrar as velhas peças de xadrez,
Um brasão escocês e meu primeiro dicionário de inglês.
Um protetor (não usado) de sol, a baqueta e o tarol -
Basta um leve toque para ressuscitar 10 carnavais.
E dormindo lado a lado, três livros de Jorge Amado.
Uma lata com bolinhas de gude, um dominó, um vidro de cerol,
Uma luminária do aquário, um filtro, um galeão espanhol.
E ainda entre folhas de papel vegetal, bolas de Natal.
Dentro de uma sacola plástica reencontro Monteiro Lobato.
Caçadas de Pedrinho, Memórias da Emília, Reinações de Narizinho.
A minha garagem guarda um universo que é só meu
E o meu passado cheira a madeira e tem som de tambor.
E lá vou eu novamente...como se voltasse a ter 8 anos,
Brincando dentro de mim com o menino que ainda sou.
7 comentários:
Lembrou - me minha infÂncia..li para o Lucas e ele adorou!!
beijos
poeticamente saudosa de minha infância que nunca voltará...
bjos...
QUe lindas lembranças guarda em seu baú de vida inteira.
LIndo demais!
beijos, boa semana para você.
E por tudo q lá encontrastes, imagino o quão levado tu fostes! rs
bjs e boa semana
eu adoro Monteiro Lobato... fui inclusive conhecer o parque em homenagem a ele, em Campos do Jordão, qdo lá estive.
Adorei seu espaço.
Beijo
inspirado nas caçadas de pedrinho, algo absolutamente fantástico, criei o juarez inspirado no sitio do pica pau.
inspirado nas caçadas de pedrinho, algo absolutamente fantástico, criei o juarez inspirado no sitio do pica pau.
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