05 agosto 2008

Amor Imperativo


Sei que no início era o Verbo
Num crescente ritmo constante,
Antes do futuro e desse instante,
Nascendo do passado que herdo.

Sabes também que não te espero
Cruzar por um caminho mais distante,
Enfrentar o frio, fio de prata cortante,
E seguir o rumo que eu mais quero.

E esse nosso amar-amei-amamos,
Verbo que tantas vezes conjugamos
No presente e pretérito do indicativo,

Guardado no peito, e que desta feita,
Sempre te encontrou mais-que-perfeita,
Continua me achando imperativo.

2 comentários:

Anônimo disse...

O espaço é tão agradável que não me lembro de impertinências...só vontade de buscar uma poesia que adoro para se juntar às suas.

Um beijo( Olavo Bilac)

Foste o beijo melhor da minha vida,
ou talvez o pior...Glória e tormento,
contigo à luz subi do firmamento,
contigo fui pela infernal descida!

Morreste, e o meu desejo não te olvida:
queimas-me o sangue, enches-me o pensamento,
e do teu gosto amargo me alimento,
e rolo-te na boca malferida.

Beijo extremo, meu prêmio e meu castigo,
batismo e extrema-unção, naquele instante
por que, feliz, eu não morri contigo?

Sinto-me o ardor, e o crepitar te escuto,
beijo divino! e anseio delirante,
na perpétua saudade de um minuto....

Minha retribuição pela visita.
Espero que a impertinência seja,desde já,desculpada!risos.
Beijo
Ah,a foto...verdade é que quando me vejo por lá com o mesmo traje que passeio pela praia,tenho sempre a impressão de estar em plena Av. Paulista.Virou ,pra mim,símbolo de resistência!

Anônimo disse...

Não deixei alternativa,não é?Bilac é sempre um excelente parceiro.Que bom que tenha gostado.Adorei seu espaço, cantinho bom de visitar.
Ótima semana para você também.
Beijos