01 novembro 2006

Belo Presente


Morales: Se fosse Lula, presentearia a Bolívia com refinarias

Seria melhor devolver o Acre e pegar os cavalos de volta.

Para quem não sabe ou não se lembra o presidente da Bolívia, Erro Morales, citou certa vez que o Brasil comprou o Acre com um cavalo branco. O Acre, ocupado por brasileiros que viviam da extração da borracha, pertence ao Brasil desde 1903. Pela área, o Brasil pagou dois milhões de libras esterlinas e construiu a estrada de ferro Madeira-Mamoré para escoar os produtos bolivianos. A ferrovia foi um verdadeiro desastre e ficou conhecida como a Ferrovia do Diabo pois morreram cerca de 6 mil operários. Recentemente a TV Globo exibiu a história da ferrovia na minissérie Mad Maria.

Em todo caso, a história como aconteceu é a de que o consul brasileiro na Bolívia, Regino Correa, conhecendo a paixão do presidente Melgarejo por cavalos, antes mesmo de iniciar as negociações de limites entre os dois países no período da Guerra do Paraguai, o condecorou com uma medalha e lhe deu de presente um casal de lindos cavalos brancos de raça. Portanto não foi apenas um único cavalo, foram dois. Se ainda estiverem vivos, aceitamos a devolução.

Contam que o Presidente boliviano ficou tão feliz com o presente recebido que na hora da negociação deu de presente para o Brasil dois dedos de terra marcados no mapa, uma vez que se tratava de terras despovoadas. Com isso, a linha divisória, que a partir de 1750 era reta, passou a ser oblíqua, dando origem à linha imaginária conhecida hoje como Linha Cunha Gomes.

Entretanto, essas terras ao norte da linha oblíqua Cunha Gomes, não pertencem ao Acre, mas hoje fazem parte do território do Estado do Amazonas. Sendo que as terras ao sul da linha Cunha Gomes foram conquistadas pela luta dos brasileiros do Acre durante a Revolução Acreana e legalmente anexadas ao Brasil através do Tratado de Petrópolis (1903), assinado com a Bolívia, e do Tratado do Rio de Janeiro (1909), assinado com o Peru.

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