21 dezembro 2007

O Sentinela



De guarda na guarita
O sentinela fica,
Fuzil nas mãos, cinto e facão.
Nas longas horas da madrugada
Faz frio, faz solidão,
Mas o novato, de prontidão,
Guarda e vigia o batalhão.
Sem passatempo, cigarro barato,
Ouve tremer por entre o mato
O corriqueiro farfalhar da vegetação.
E nada há lá fora, ermo deserto verde.
Já ansioso e suando em bicas,
Não há farda nem coturno,
Fuzil, pistola ou munição
Que tirem-lhe o medo da noite escura.
E o sentinela sem saber direito
Leva a coronha de encontro ao peito
E abre fogo ao alto e ao chão.
Com a lanterna em punho e tremendo,
O corajoso soldado-escoteiro
Ainda vê o rabo de um gato preto
Seguido de um miado de reclamação.

4 comentários:

Letícia Losekann Coelho disse...

Muito legal esse poema... fez uma homenagem aos sentinelas...gostei...
beijinhos

Anônimo disse...

Viu que eu acertei? Seus poemas gostam de contar uma história, ou pelo menos insinuam uma história. Gosto muito disso. Vou colocar seu blog também, ok?

Anônimo disse...

Vim lhe desejar feliz natal e feliz ano novo!
Que a luz do Menino Jesus possa abençoar seu lar e sua família.

beijos

Carolina Cristina disse...

hahahha... que dó do gato preto...
bjos...