14 dezembro 2007

A Mulata Caribenha

Di Cavalcanti - Gafieira, 1944 Óleo s/tela, 64 x 80 cm
Coleção Marta e Rubens Schahin, São Paulo, SP



A mulata caribenha,
Do alto de seu salto alto,
Risca a cera do salão na noite da gafieira.
Bolsa em corvin, anel de “brilhante”,
Ela baila, elegante,
Faz piso do meu coração.
Ah, e aquele baton carmin?
Essa nêga faz pouco caso de mim!
Vestido colante, sutiã branco de renda,
Ela me esnoba sorridente.
E aquele decote? Seios de bronze!
Quantos olhares pousados ali?
Mas ela derruba-os todos com um requebrar dos quadris.
Eu me cato do chão e com alguma honra
Tento me recompor,
Mas a danada da mulher agora me fita oferecida,
Linda como uma flor.
Ah aquela mulata ingrata
De uma gafieira barata
Que sambou com os meus desejos.
Eu espero que no fim da noite
Ela se renda e arfe entregue aos meus beijos.
Mas enquanto o samba não pára, o bolero não cala
E os compassos não deixam de riscar o chão,
A mulata caribenha quebra os quartos
E faz de gato-sapato os sonhos da multidão.

5 comentários:

Marrie disse...

E q homem resiste ao requebrar de qualquer quadril??? rs
bjs e bom sábado

Lunna Guedes disse...

Dizem que é uma arte para encantar alguns e causa repulsa em outros. Afinal, se é arte não há de agradar a todos.
Beijos

Marrie disse...

Passando p/me despedir pois estou saindo de férias....... deixo-vos muitos beijinhos e alguns "segrdinhos"... espero q gostes! rs
Até 2008

Letícia Losekann Coelho disse...

Alê...tem meme pra ti lá no blog rsrsrsrsrsrs
beijos

Carolina Cristina disse...

Sambinha da mulata que desbanca o coração dos rapazes!!! rsss....
bjos...