11 janeiro 2008

Carambola

Lanço-te meu beijo
Como um pássaro tonto
Nos torvelinhos de uma tempestade.
Lanço-me em teus braços
Em espirais de desejo,
Tonto de saudade.

Ergo-me sem esperanças
Na vívida hora dos sonhos
A espreitar tua vontade.
Doce, lânguida e fremente
Senhorita dos moinhos,
Vento da minha liberdade.

Menina esperta e formosa,
Beleza de ave, morena.
Negros cachos de eternidade.
E eu, cavaleiro andante,
Sofro atrás desses passos
Por toda essa mocidade.

Sigo o sabor carambola
Na boca que arde, e demora
Na longa hora que invade
O meu sonho de infante.
Da menina que segue faceira
Fugindo de mim só por maldade.

10 comentários:

Anônimo disse...

Uau! Até no mais verdadeiro lirismo há um toque a mais: a originalidade ainda que diante de uma emoção que os poetas costumam colocar em versos desde, digamos, Safo. Mas não é só isso: é o encontro com as palavras certas nas colocações certas. Pelo tanto de original que já li (na profissão de fazer o parecer para publicação na Fundação Cultural) digo sinceramente: um original com seus poemas eu aprovaria imediatamente.

Letícia Losekann Coelho disse...

lindo, lindo ,lindo...amei Alê!!
beijos

i disse...

Ah, a mulher! Tema infinito!

Letícia Losekann Coelho disse...

Alê...cadê você....
beijos

Carolina Cristina disse...

Lindo!!!
Desculpe o sumiço, mas ando fora do mundo virtual...
Bjos....

Anônimo disse...

Alexandre, o seu "vento de liberdade" é lindíssimo!

beijos

Marrie disse...

Há qto tempo não vinha aqui!!!
Li todos os poemas...... o lugar continua lindo e agradabilíssimo.
bjs e boa noite

Donna Chic disse...

Muitoooo bom!!!

bjos*-*

Letícia Losekann Coelho disse...

Alê!!!
Tu voltou!!! Me manda e-mail já estava com saudades...
beijos

Anônimo disse...

nos acasos em que a blogolândia é fértil, só hoje vi o seu amabilíssimo comentário em http://texere.blogspot.com, que teve o seu ponto final já faz tempo, mas que continuará lá, urbi et orbi, enquanto os donos do blogger assim o entenderem.

de Lisboa, um abraço

e.