13 fevereiro 2010

Flor de Cimento e Sol (Waldemar Lopes)



Sobre o vazio imenso a flâmula da Idéia
fulgia, estrela ideal, na amplidão do Planalto.
Ao mundo mineral, em sopro de epopéia,
tinham cortado, outrora, o pasmo e o
sobressalto

das Bandeiras viris. Cantava no mais alto
dos verdes buritis a mansa melopéia
da brisa. Mas um dia a afanosa colméia
de candangos por fim daria o grande salto

na seqüência do tempo; e à cobiça forânea
– f l o r de cimento e s o l , ou mais:
contemporânea
do futuro – se opôs a Cidade sonhada

como Lúcio a compôs e a previra o profeta:
destino e doação, sonho tornado meta,
luz-síntese a indicar o rumo da escalada.

2 comentários:

Gerana Damulakis disse...

Um poema forte e com um jogo verbal bastante interessante.

Anônimo disse...

Olá,Alexandre.

Muito obrigada pela visita no meu pedacinho de web. ;)
Seja bem-vindo, e volte sempre que quiser!

É muito bom poder compartilhar apreço pela poesia. Gostei do seu blog.

Abraço
Thaty