Gosto quando me vens aos olhos
E de um esplendor enfeitas o meu dia.
Gosto desse jeito meio debochado,
Desse riso torto no canto do lábio,
Dessa sobrancelha que se atreve, solitária
Num arco, num interrogatório.
Amo-te entre quatro paredes,
Entre quatro apoios
Que suportam o peso do meu corpo inteiro
Sobre o teu inteiramente nu.
Mas te amo também pelo que tens
De mais singelo...
Pelo que és; por quem me torno
Ao estar contigo.
Amo as frágeis curvas do entendimento -
Nós, eternos acostumados aos mal-entendidos -
Que tantas vezes escondem
Nossos reais motivos.
Amo o cheiro dos teus cabelos,
As rugas e rusgas que nos consomem.
Amo até as infinitas brigas
Quando depois te rendes
E te jogas no meu colo
Querendo amar e mais nada.
Amo o vinho,
Amo a madrugada.
E o silêncio estranho dos teus pensamentos insones
Querendo sondar quem eu sou.
Mas amo mesmo, antes de tudo,
A força incontida desse nosso Amor.
7 comentários:
lindíssimo isso!!! Que declaração de amor perfeita!
beijo :)
que achas de fazermos um blog de poesias e contos juntos.... Me manda um e-mail tita_coelho@yahoo.com.br
Muito bom! Quem é o autor?
Perfeito! de onde vc tira tanta inspiração? Essa declaraçao toca o coração de todas nós mulheres.
Lindo mesmo! Amor incontido sentido na pele não tem nada melhor.... "amar entre quatro apoios", então, nem se fala! rs
bjs doces
Se eu não estivesse afogada em uma prova de Lingüística, parava e dava uma olhada melhor no teu blog. Mas amanhã já está chegando e não me encontro num humor melhor do que para pensar em oclusivas e bilabiais e sonoras e surdas.
Meu cérebro fritou. Depois da quarta eu volto e leio com calma. Mas é branco e parece bom este teu blog.
:-)
E pode aparecer por lá quando quiser. E fuçar nas tranqueiras mil que existem por lá.
:-*
ah, o amor... o amor émaravilhoso em todas suas formas...
bjos.
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