Na Primavera
Tu me trouxeste
Tua fronte ornada de flores
E nos amamos nos campos
Entre margaridas e violetas.
Nós dois, dois sem vergonhas,
Nem tão jovens nem adultos,
Debaixo do calor do Sol,
Envoltos no hálito das manhãs.
Eu, como um beija-flor sedento,
Espalhei o pólen do meu amor
Ora em tua boca
Ora em teu seio,
Teus flancos,
Teus sulcos.
No Verão
Tu me trouxeste
Tua fronte brilhante e suada
E nos aventuramos por praias desertas,
Por loucas e imensas jornadas
Bebendo, cantando, dançando
E fazendo amor até romper a alvorada.
Eu, como um esquilo inquieto,
Escalei teu corpo,
Aqueci-me ao Sol do teu calor,
Deslizei dos teus pés à cabeça
E refresquei minha sede intensa
Na saliva do teu amor.
No Outono
Tu me trouxeste
Tua fronte repleta de ventos.
E nós dois, como folhas tontas,
Balançamos em rodopios cinzentos.
Ainda nos amamos como nos velhos tempos,
Mas de morno, eu senti frio
E esse meu desconforto - sentimento torto -
Anunciava o que estava por vir.
Eu, como uma formiga ligeira,
Fugi sorrateira,
Não quis ficar mais ali.
No Inverno
Tu me trouxeste
Tua fronte ferida e distante,
E já não havia amor que curasse
As dores que te fiz sentir.
Só chuvas e lágrimas,
Um frio cortante
Sem cor e sem riso.
Eu, como um rouxinol triste,
Já não te queria aqui
E depois de um canto sem viço,
Alcei vôo e parti.
Tu me trouxeste
Tua fronte ornada de flores
E nos amamos nos campos
Entre margaridas e violetas.
Nós dois, dois sem vergonhas,
Nem tão jovens nem adultos,
Debaixo do calor do Sol,
Envoltos no hálito das manhãs.
Eu, como um beija-flor sedento,
Espalhei o pólen do meu amor
Ora em tua boca
Ora em teu seio,
Teus flancos,
Teus sulcos.
No Verão
Tu me trouxeste
Tua fronte brilhante e suada
E nos aventuramos por praias desertas,
Por loucas e imensas jornadas
Bebendo, cantando, dançando
E fazendo amor até romper a alvorada.
Eu, como um esquilo inquieto,
Escalei teu corpo,
Aqueci-me ao Sol do teu calor,
Deslizei dos teus pés à cabeça
E refresquei minha sede intensa
Na saliva do teu amor.
No Outono
Tu me trouxeste
Tua fronte repleta de ventos.
E nós dois, como folhas tontas,
Balançamos em rodopios cinzentos.
Ainda nos amamos como nos velhos tempos,
Mas de morno, eu senti frio
E esse meu desconforto - sentimento torto -
Anunciava o que estava por vir.
Eu, como uma formiga ligeira,
Fugi sorrateira,
Não quis ficar mais ali.
No Inverno
Tu me trouxeste
Tua fronte ferida e distante,
E já não havia amor que curasse
As dores que te fiz sentir.
Só chuvas e lágrimas,
Um frio cortante
Sem cor e sem riso.
Eu, como um rouxinol triste,
Já não te queria aqui
E depois de um canto sem viço,
Alcei vôo e parti.
12 comentários:
lindíssimo e inspirador!
beijo :)
Que bom q reconsiderastes......
Esse poema belíssimo reflete, infelizmente, a sequência de sensações q se vive nos relacionamentos. A maioria dos casais inicia a relação como na primavera e acaba, por vezes mesmo sem separação, a viver um triste inverno.
Gostaria q as pessoas entendessem q só cabe a nós fazermos c/q haja sempre "primaveras"!
bjs c/cheirinho de flores
lindamente escrito...
bjos.
Querido estou passando para te dar uma notícia triste. A Saramar me enviou um e-mail dizendo que o CAntonio do Blogando Francamente faleceu! Como sei que tu visitava o blog dele achei por bem te avisar!
beijo
Alexandre, perdão por não me referir ao poema.
Fiquei sabendo hoje também.
Estou tão chocada e tão triste.
Além do lutador incansável, ele era um grande amigo.
Escrevi lá no meu blog de política sobre essa tristeza.
beijos
alexandre... gostei tanto do seu comentário sobre o feuapá da copa de 2014 que ele virou post...grato pela visita e colaboração que só melhora meu blog... abs
ricardo
Alexandre, como você obteve esta informação sobre o C. Antônio?
Torço para que seja um engano.
Oi! Vim retribuir sua visita.
São belos os teus poemas, vc fala de amor com leveza. O poema Amor incontido é maravilhoso o amor e suas pequenas alegrias.
Abraços
Alexandre, há poemas tão belos e completos quanto a vida.
E, como a vida, dão lindos e doem, esses versos.
Estão todos aqui neste belíssimo poema.
beijos, bom domingo
Cheguei a me emocionar. Porque é cru e leve. Não sei como é possível! Lindo!
Quem é o autor desse belo poema "Estações"?
Petrônio Caldas, esse poema é meu mesmo. Quando não há descrição do autor ao lado do nome dos poemas é porque são de minha autoria. Obrigado
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