Cronos devorando seu filhos (1821) - Goya
Tempo, senhorio malvado
Mal agraciado pelos sentimentos.
Tempo irado, detestável,
Com quem temos de conviver.
Tempo inexorável
Que engole os tristes
E mastiga os insatisfeitos.
Tempo do fim das idades,
Das tardes em anoitecer,
Das terras e peles secas,
Dos rios e olhos rasos,
Da força que se esvai
Na seiva que abandona a árvore.
Na falta de viço,
No excesso de siso -
Doença e Morte...
De plantar e colher.
O tempo nada ouve -
Não implore!
Nada vê -
Não se ajoelhe!
E nada crê.
Se espera por um tempo
Para ser feliz,
Para noivar,
Para enriquecer...
Esqueça!
Cronos castrou o próprio pai
E engoliu os próprios filhos;
O que acha que vai fazer com você?
Mal agraciado pelos sentimentos.
Tempo irado, detestável,
Com quem temos de conviver.
Tempo inexorável
Que engole os tristes
E mastiga os insatisfeitos.
Tempo do fim das idades,
Das tardes em anoitecer,
Das terras e peles secas,
Dos rios e olhos rasos,
Da força que se esvai
Na seiva que abandona a árvore.
Na falta de viço,
No excesso de siso -
Doença e Morte...
De plantar e colher.
O tempo nada ouve -
Não implore!
Nada vê -
Não se ajoelhe!
E nada crê.
Se espera por um tempo
Para ser feliz,
Para noivar,
Para enriquecer...
Esqueça!
Cronos castrou o próprio pai
E engoliu os próprios filhos;
O que acha que vai fazer com você?
Um comentário:
Forte mesmo o poema,tão devastador quanto o tempo...
Uma boa semana pra você,amigo!
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