“Menino à Janela” – Murillo, Galeria Nacional de Londres
Grades de ferro e temporal.
E eu olhava o mundo da janela
Embaçada pela minha respiração.
Lá fora, o céu cinzento.
Lá dentro, solidão de menino
Vendo as pessoas correndo da chuva,
Tentando um abrigo sob as marquises.
Quanta tolice!, eu pensava...
Quando o que eu mais queria
Era correr com o vento.
E a praia logo ali como um convite,
E o mar em ondas me chamando,
Sucessivas vezes quebrando
Meu nome e sobrenome sobre as pedras.
Mas eu ali, preso e casto, pois
Nem uma gota de orvalho maculara
O desejo por detrás daquelas grades.
Riscos de fogo pelo céu invadem,
E conto o tempo entre clarões e trovões,
Agarrado ao leme do meu návio-janela
Mãe, solta-me na chuva, por favor.
Ser criança é um temporal de fim de tarde...
Imaginação que urge e arde,
E quando se dá conta já passou.
Grades de ferro e temporal.
E eu olhava o mundo da janela
Embaçada pela minha respiração.
Lá fora, o céu cinzento.
Lá dentro, solidão de menino
Vendo as pessoas correndo da chuva,
Tentando um abrigo sob as marquises.
Quanta tolice!, eu pensava...
Quando o que eu mais queria
Era correr com o vento.
E a praia logo ali como um convite,
E o mar em ondas me chamando,
Sucessivas vezes quebrando
Meu nome e sobrenome sobre as pedras.
Mas eu ali, preso e casto, pois
Nem uma gota de orvalho maculara
O desejo por detrás daquelas grades.
Riscos de fogo pelo céu invadem,
E conto o tempo entre clarões e trovões,
Agarrado ao leme do meu návio-janela
Mãe, solta-me na chuva, por favor.
Ser criança é um temporal de fim de tarde...
Imaginação que urge e arde,
E quando se dá conta já passou.
Um comentário:
Dada a autorização, vou levar. O final está especial! De mestre.
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