De Verlaine para Arthur Rimbaud
Mortal, anjo e demônio, ou melhor, Rimbaud,
Teu lugar no meu livro é o primeiro, como um prêmio;
Tu que um bobo escritor um dia esculhambou
Achando-te um debochado imberbe, um verme, boêmio.
As espirais de incenso e os acordes do alaúde,
Saúdam tua chegada ao templo da memória,
Onde teu nome esplêndido soará em glória,
Pois me amavas, se preciso, até a plenitude.
Serás para as mulheres, sempre, belo e forte,
De uma beleza assim, agreste e sedutora,
Tão cobiçada quanto desvanecedora!
E a história te erguerá triunfante da morte,
P'ra que, apesar de toda a lama, o mundo veja
Teus pés intactos sobre a cabeça da Inveja!
Tradução de José Machado Sobrinho.
Mortal, anjo e demônio, ou melhor, Rimbaud,
Teu lugar no meu livro é o primeiro, como um prêmio;
Tu que um bobo escritor um dia esculhambou
Achando-te um debochado imberbe, um verme, boêmio.
As espirais de incenso e os acordes do alaúde,
Saúdam tua chegada ao templo da memória,
Onde teu nome esplêndido soará em glória,
Pois me amavas, se preciso, até a plenitude.
Serás para as mulheres, sempre, belo e forte,
De uma beleza assim, agreste e sedutora,
Tão cobiçada quanto desvanecedora!
E a história te erguerá triunfante da morte,
P'ra que, apesar de toda a lama, o mundo veja
Teus pés intactos sobre a cabeça da Inveja!
Tradução de José Machado Sobrinho.
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