Que lindos olhos
Que estão em ti!
Tão lindos olhos
Eu nunca vi...
Pode haver belos
Mas não tais quais;
Não há no mundo
Quem tenha iguais.
São dois luzeiros,
São dois faróis:
Dois claros astros,
Dois vivos sóis.
Olhos que roubam
A luz de Deus:
Só estes olhos
Podem ser teus.
Olhos que falam
Ao coração:
Olhos que sabem
Dizer paixão.
Têm tal encanto
Os olhos teus!
— Quem pode mais?
Eles ou Deus?
Publicado no livro Poesias Completas (1944). Poema integrante da série Poesias Esparsas.
06 novembro 2006
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